terça-feira, 27 de julho de 2010

Os preferidos dos charuteiros

Apresentamos aqui dez marcas de charuto que são sucesso absoluto entre os aficionados. Em alguns casos, pode haver duplicidade de marcas: em 1959, Cuba sofreu a revolução comunista de Fidel Castro e muitas fábricas foram nacionalizadas. Mestres charuteiros fugiram então para lugares como Honduras e República Dominicana e continuaram a produzir charutos utilizando as mesmas denominações comerciais.


Arturo Fuente

Bastante apreciada pelos norte-americanos pela sua relação custo-benefício, seus charutos são feitos de tabaco de Santiago. A primeira fábrica nasceu na Flórida, em 1912, e estabeleceu-se na República Dominicana, onde tem 4 unidades. A Arturo Fuente, ainda comandada pela família Fuente, é uma das maiores produtoras de charutos feitos à mão. 

 Formatos: mais de 40, entre eles Chateau Fuente Robusto (em vários tamanhos), Churchill, Double Chateau Fuente (corona gorda), Hemingway Signature (corona gorda), Petit Corona, Rothschild (robusto), Spanish Lonsdale (lonsdale).


Bolivar

Lançada em 1927, só foi bem difundido no início dos anos 50. Tem como característica principal o sabor forte. Com modelos clássicos, tem como destaque o Belicoso Fino, com 14 cm de comprimento e 2,06 cm de diâmetro. Seu nome homenageia Simón Bolivar, revolucionário venezuelano que “libertou países latinos da dominação espanhola (séc.19). Formatos: Belicoso Fino (belicoso), Bonitas (petit corona), Corona, Corona Extra (corona gorda), Corona Gigantes (churchill), Corona Junior (três petit corona), Gold Medal (lonsdale), Inmensa (lonsdale), Palmas (panatela), Petit Corona, Royal Coronas (robusto), entre outros.



Cohiba

Grande marca mundial. Inicialmente produzida para Fidel Castro, foi durante muito tempo sua exclusividade. Até 1982, só os presenteados pelo líder cubano degustavam o charuto. Depois, começou a ser vendido. Tornou-se marca da reestruturação da indústria cubana de charutos pós-revolução. Criado em 1966, seu nome vem das folhas de tabaco enroladas que os primeiros indígenas fumavam. Atualmente é um dos charutos mais falsificados entre as grandes marcas. Um toque especial vem da fermentação tripla, só encontrada no Cohiba. 

 Fomatos: Corona Especial (panatela), Esplendidos (churchill), Exquisitos (panatela), Lancero (panatela larga), Panatela, Robusto, Siglo I (três petit corona), Siglo II (petit corona), Siglo III (corona), Siglo IV (corona gorda) e Siglo V (lonsdale).


Davidoff

Depois de algum tempo fora do mercado por conta da disputa com a Cubatabaco, (a companhia estatal cubana de tabacos, atual Habanos S.A), os charutos Davidoff estão hoje entre os mais vendidos nos EUA. Zino Davidoff, um expert em charutos, foi à Cuba em 1967 para representar os charutos cubanos no mundo. Tentou comprar a Cohiba, mas só conseguiu distribuí-lo. Em novembro de 1990, os Davidoff passaram a ser produzidos na República Dominicana por Hendrik Kelner, conquistando os norte-americanos. 

 Formatos: 2000 (petit corona), 4000 (corona), 5000 (corona gorda), Aniversario Nº 1 (double corona), Aniversario Nº 2 (churchill), Double R (robusto), Grand Cru Nº 1 (lonsdale), Grand Cru Nº 2 (corona), Grand Cru Nº 3 (petit corona), Grand Cru Nº 4 (petit corona), Special R (robusto) e Special T (torpedo).


Hoyo de Monterrey

Lançado em 1865 pelo espanhol José Gener, de Tarragona. Em 1860, ele adquiriu uma vega (plantação de tabaco) em San Juan y Martinez chamada Hoyo de Monterrey, que deu nome à marca. Uma das fábricas mais antigas de charutos (além do Hoyo de Monterrey, também criou a extinta La Escepcion). Por seu sabor suave, é aconselhável aos charuteiros iniciantes. O tipo mais apreciado pelos fumadores é o Hoyo de Monterrey Epicure Nº 2, por muitos considerado o melhor do mundo. Formatos: Churchill, Corona, Double Corona, Epicure Nº 1 (corona gorda) e Nº 2 (robusto), Longos (panatela) etc.


Macanudo

Possui sabor suave e intensidade mediana, agradável para iniciantes. A suavidade adicional é adquirida pelo duplo envelhecimento das capas, cultivadas em Connecticut (EUA). Feito na Jamaica e na República Dominicana, sendo a primeira a maior produtora (90%). A linha Macanudo Vintage, produzida das melhores safras, tem preços altos. Formatos: Baron de Rothschild (lonsdale), Crystal (lonsdale), Duke of Windsor (belicoso), Duke of Devon (corona), Hyde Park (robusto) , Portofino (panatela), entre outros.


Montecristo

Uma das marcas cubanas mais vendidas. O modelo Montecristo
Nº 4 representa, atualmente, 1/5 das exportações cubanas de charutos. Outro formato bem conhecido é o Torpedo Montecristo Nº 2, com sabores mais acentuados e próprios para apreciadores. O charuto Montecristo surgiu da união de Alonso Menendez a José Garcia, que formou a sociedade Menendez, Garcia e Cia e criou a marca Particulares. Este 
foi o caminho para o surgimento do Montecristo, em 1935, especialmente para a venda no mercado exterior. O sucesso foi tanto que, em 1936, eles venderam a Particulares a Cifuentes y Cia, proprietária da marca Partagas, e adquiriram a companhia H. Upmann. 

 Formatos: Nº 1 (lonsdale), Nº 2 (torpedo), Nº 3 (corona), Nº 4 (petit corona), Nº 5 (três petit corona), além dos tubos (corona).


Partagas

Criado por Jaime Partagas, a marca tem 160 anos de vida e é a mais popular de Cuba. Depois do assassinato do fundador, em 1890, seu filho não conseguiu administrar a produção e vendeu a marca para os Cifuentes. Tempos depois, a General Cigar adquiriu os direitos de Ramón Cifuentes. Atualmente, é produzido tanto em Cuba quanto na República Dominicana. Sua fábrica, no centro de Havana, permite a visitação do público. 

 Formatos: entre os cubanos, Lusitanias (double corona), Churchills de Luxe (churchill), Partagas série D Nº 4 (robusto), 8-9-8 (lonsdale); Aristocrat (belicoso) 8-9-8 (lonsdale), Robusto, Sabroso (corona), Nº 2 (corona), Nº 10 (double corona), entre outros (dominicanos)


Punch

A cubana Punch marca presença pela força nos seus sabores. Seus charutos são produzidos em Cuba e Honduras. A fábrica cubana, fundada em 1840 por Manuel Lopez, visava o mercado inglês. O nome da marca foi inspirado em uma revista inglesa de humor e está mais associado a Fernando Palacio, que popularizou o Petit Punch (tamanho meia-corona). Já os Punch hondurenhos foram originalmente manufaturados em Tampa (Flórida, EUA) e transferidos para Honduras (em 1969). Os destaques são o Punch Double Corona e o Punch Churchill, considerados entre os melhores do mundo. Há também o Corona Gorda Punch Punch, um clássico da marca. Formatos: Churchill, Corona, Double Corona, Punch Punch (corona gorda ), todos cubanos.


Romeo y Julieta

Uma das marcas que possui grande variedades de charutos:
51 tipos. Produzidos em Cuba e na República Dominicana, a marca foi fundada em 1903 pelo espanhol dom Inocencio Alvarez, conhecido como don Pepín. Os dominicanos, mais suaves, são cuidadosamente confeccionados por Benjamin Menendez, da Manufactura de Tabacos S.A. O tipo mais consumido é o Romeo y Julieta Churchill, uma homenagem a Winston Churchill, grande aficcionado. O problema em relação à grande diversidade de charutos é que nem todos têm a mesma qualidade. 

 Formatos: Belicoso, Churchill, Coronas Grandes, Exhibición Nº 4 (robusto), cubanos; Churchill, Rothschild (robusto), todos dominicanos (entre outros).

terça-feira, 13 de julho de 2010

Cerveja Erdinger

Cerveja Tipo Weissbier (cerveja de trigo)
Origem: Alemanha • Produzida desde: 1886 • Importada desde: 2001

A Erdinger é a cerveja de trigo mais conhecida e consumida no mundo. Produzida desde 1886 na Baviera - região ao sul da Alemanha com maior consumo de cerveja per capita - tem como grande diferencial a segunda fermentação que acontece dentro da própria garrafa e garante seu sabor suave e refrescante. Inconfundível, a Erdinger é uma cerveja de alta e baixa fermentação, produzida com malte de trigo e cevada e que possui uma aparência naturalmente turva. Presente em mais de 70 países, a Erdinger é a cerveja de trigo mais conhecida e consumida no mundo.

Pioneira
Originalmente conhecida apenas na Baviera, a cerveja de trigo foi pioneiramente popularizada pela Erdinger por toda a Alemanha em 1980. A partir 1990 passou também a ser exportada mundo a fora e atualmente está presente em mais de 70 países.

Foco exclusivo em cervejas de trigo
Desde 1886 a Erdinger concentra-se exclusivamente na produção de cervejas de trigo, sendo hoje a maior cervejaria deste segmento. Produzida apenas em Erding - Alemanha, sua linha ganha, a cada dia, novos apreciadores em todo o mundo.

Fermentação exclusiva
A cerveja Erdinger continua até hoje sendo fermentada na garrafa (ou barril), em um processo similar à champanhes, onde são necessárias de 3 a 4 semanas para sua maturação. Um complexo método de produção, que pouquíssimas cervejarias ainda utilizam.

Produzida de acordo coma lei de pureza
A Erdinger é uma cerveja não pasteurizada, produzida de acordo com a Lei de Pureza de 1516. Não possui aditivos químicos, corantes, conservantes ou cereais não maltados, como o milho e o arroz.

Ingredientes de alta qualidade
O mais fino malte de trigo e cevada, selecionado lúpulo e água pura e transparente dos profundos poços da própria Erdinger, compõem o seu exclusivo sabor.

A diferença
O que diferencia a Erdinger das:

-Cervejas de baixa fermentação (Tipo Lager/Pilsen)
· Seu processo de alta fermentação resulta em um sabor frutado.
· A adição de levedura fina encorpa seu sabor.
· A Erdinger utiliza mais de 50% de malte de trigo, além do malte de cevada.
· A segunda fermentação conduz a um índice mais elevado de CO2.
- Outras cervejas de trigo (Tipo Weissbier)
· A coloração brilhante e vivida.
· O agradável aroma.
· A segunda fermentação feita dentro da própria garrafa (ou barril), similar ao processo de produção das champanhes, que resulta em um sabor harmônico e refrescante.

Principais características do produto

Erdinger Tradicional (clara)
Uma cerveja de trigo premium, para aqueles que apreciam um sabor inesquecivelmente bom! Carro chefe da cervejaria Erdinger, a Erdinger Clara é uma cerveja de trigo com levedura fina e tradicional maturação dentro da própria garrafa, similar às champanhes. Uma cerveja leve, viva, muito aromática e refrescante, com sabor incomparável. A clássica entre as cervejas de trigo! Harmoniza com peixes e frutos do mar, saladas, grelhados, salsichas e pratos apimentados.

· Teor alcoólico: 5,3% | Extrato Primitivo: 12,40º plato | Kcal por 100 ml: 44 kcal

Erdinger Dunkel (escura)
Uma genuína especialidade, produzida como nos bons e velhos tempos. A Erdinger escura deve seu sabor encorpado ao fino lúpulo e ao malte tostado utilizados em sua fabricação. Uma especialidade produzida de acordo com antigas receitas. Levemente picante, possui uma proporção mais elevada de extrato primitivo e, como as demais cervejas da Erdinger, também adquire seu harmônico sabor na maturação dentro da garrafa. Como resultado, uma cerveja perfeitamente balanceada e naturalmente escura. Harmoniza com carnes assadas, porco, funghi e pratos agridoces.

· Teor alcoólico: 5,6% | Extrato Primitivo: 12,80º plato | Kcal por 100 ml: 48 kcal

Erdinger Pikantus (Bock)
É uma especialidade bávara para amantes de cervejas fortes. Com 7,3% de teor alcoólico, esta cerveja escura tipo Bock adquire sabor forte e completo na utilização de selecionados maltes tostados de trigo e cevada e no longo período de maturação. Mesmo com um elevado índice de álcool, ela mantém seu sabor único e se torna o exemplo perfeito de uma cerveja forte, "fácil de beber". Ou seja, não somente no inverno, mas no ano inteiro, Erdinger Pikantus é uma boa pedida. Harmoniza com charutos e doces, além de pratos à base de caças e aves.

· Teor alcoólico: 7,3% | Extrato Primitivo: 16,70º plato | Kcal por 100 ml: 63 kcal


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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sete mitos sobre charutos


O universo do charuto é cheio de histórias, prazeres e mitos. Alguns deles são repetidos tantas vezes que acabam sendo aceitos por quem está começando a fumar. Selecionamos os sete mitos mais comuns e temos a explicação para cada um deles.

Mito 1 - O bom charuto é enrolado nas coxas das cubanas/baianas
Este é o mito mais conhecido e citado por todos. Toda vez que estou conversando com um grupo de iniciantes, sempre vem alguém com esta frase. Para fazer um charuto é preciso de uma superfície plana e dura, de preferência uma madeira que permita o corte das folhas com a chaveta (instrumento usado no corte na linha de produção). O único momento que a folha entra em contato com a coxa da cubana/baiana é quando ela abre a folha que recebeu da plantação para efetuar a classificação das mesmas logo que o fumo chega à fábrica.

Mito 2 - Quanto mais escura a capa mais forte o charuto
Outro mito que visualmente está certo. O fumo escuro é normalmente mais forte que o fumo claro, porém o que dá força ao charuto é o miolo, normalmente composto por 4 a 7 folhas. Se as folhas de miolo forem claras e a capa escura o charuto será suave. Se o miolo tiver folhas escuras e a capa for clara com certeza ele será muito mais forte. Na dúvida consulte o vendedor da tabacaria onde costuma comprar seus charutos.

Mito 3 - Molhar o charuto na bebida que está acompanhando a degustação
Freqüentemente sou questionado se molhar o charuto no Cognac, Rum ou Vinho do Porto não é uma boa opção. Costumo dizer sempre que gosto não se discute, mas argumento que ao molhar o charuto no líquido estamos aumentando a quantidade de líquido na ponta do charuto (já temos nossa própria saliva). Isso faz com que a ponta comece a se fechar dificultando o fluxo e deixando o charuto mais forte. Existe ainda a possibilidade de literalmente entupir o charuto impossibilitando a continuidade da degustação.

Mito 4 - O charuto deve ser previamente aquecido antes de ser fumado
Este é um mito que felizmente tem poucos seguidores. Algumas pessoas têm o costume de aquecer o charuto inteiro com a chama de um fósforo ou isqueiro com o objetivo de reduzir a umidade. Se o charuto estiver úmido demais a melhor opção é deixar ele fora do umidor. Ao aquecer um charuto com a chama o que pode acontecer é o contrário, deixar ele seco demais ou ainda queimar a folha de capa, portanto evite este procedimento.

Mito 5 - Charuto é coisa de milionários e grandes banqueiros
Este é um mito que felizmente está acabando. Hoje é possível encontrar bons charutos nacionais por R$ 12,00 a unidade. Até mesmo os cubanos, sempre mais caros, têm algumas marcas e formatos mais em conta.

Mito 6 - Quanto mais fino e longo o charuto mais suave
Muitos acreditam que quanto mais fino o charuto mais suave ele será. Normalmente os charutos mais finos são mais compactados na sua elaboração e por isto mais difíceis de puxar a fumaça. Charutos com diâmetro maior, em torno de 2 cm de diâmetro, como os formatos Corona Gorda e Robustos têm um fluxo muito mais fácil. O comprimento do charuto só está relacionado ao tempo que dispomos para fumá-lo.

Mito 7 - Perdi meus charutos, pois eles estão todos secos
Charutos secos podem ser reumidificados se colocados no umidor a uma temperatura de 16oC a 18oC com umidade de 65% a 70%. Este processo pode ser feito sem nenhum problema uma vez. Caso isto torne a acontecer o procedimento é o mesmo, mas o sabor final pode ser alterado.

Por: Cesar Adames