sexta-feira, 3 de setembro de 2010

As 10 cervejas mais alcoólicas do mundo

1° Lugar: Start The Future (Holanda) | 60%

Lançada no final de julho de 2010, essa cerveja holandesa atingiu a absurda marca de 60% ABV. O próprio cervejeiro responsável, Jan Nijboer, disse que, por se tratar de uma pequena competição, essa cerveja deve ser encarada como uma piada.

2° Lugar: The End Of History (Escócia) | 55%

Além dos 55% de teor alcoólico, a TEOS fez mais barulho pelo altíssimo preço e pela sua inusitada “garrafa”, envolvida por animais empalhados. De qualquer forma, como ação de marketing, foi uma grande sacada, pois botou a BrewDog na grande mídia.

3° Lugar: Schorschbock (Alemanha) | 43%

A Schorschbräu, cervejaria da Francônia, é a grande rival da BrewDog nessa guerra para ver quem faz a cerveja mais alcoólica. Os alemães lançaram em maio sua bock com 43% de álcool. No entanto, eles prometem tentar elevar ainda mais esse teor e voltar para a briga.

4° Lugar: Sink The Bismarck (Escócia) | 41%

Lançada em fevereiro, a BrewDog retomou temporariamente a liderança dessa corrida contra os alemães da Schorschbräu. Apesar da impressão de ser uma cerveja completamente desequilibrada, quem provou a Sink The Bismarck, atestou sua qualidade.

5° Lugar: Schorschbock (Alemanha) | 40%

Primeira aparição da cervejaria alemã na guerra das cervejas alcoólicas, essa cerveja só é possível de se adquirir diretamente na Schorschbräu. Cada garrafa tem a assinatura pessoal do mestre-cervejeiro e é tampada com cera.

6° Lugar: Tactical Nuclear Penguin (Escócia) | 32%

Com essa imperial stout, a BrewDog se alistou nessa guerra em novembro de 2009. Fabricada com o método de congelamento fracional, a cerveja que maturou em barril por 14 meses sofreu vários processos desse tipo, a fim de atingir essa graduação alcoólica.

7° Lugar: Dave (EUA) | 29%

Essa barley wine da Hair Of The Dog Brewing Company é quase uma lenda. Em 2008, foram vendidas 15 garrafas por $80 cada, e um six-pack da mesma foi vendido por $3.500 em um leilão. Raridade.

8° Lugar: Hakusekikan (Japão) | 28%

Apesar do método de congelamento ser próprio do estilo eisbock, essa é a primeira representante do estilo nessa lista. Essa cerveja é fabricada por um restaurante japonês e é extremamente difícil de ser encontrada.

9° Lugar: Samuel Adams Utopias (EUA) | 27%

Uma cerveja que não se resume apenas ao seu teor alcoólico elevado. A Utopias ganhou até a recomendação da Wine Enthusiast Magazine pelo seu toque maltado e similaridade com um vinho do porto. Ela não é carbonatada e deve ser servida à temperatura ambiente. Como quase todas as cervejas da lista, é extremamente cara. No Brasil, uma dose é vendida por R$ 75,00, e a garrafa chega a custar R$ 750,00.

10° Lugar: Dogfish Head 120 Minute IPA (EUA) | 21%

Um exagero de cerveja! Duas horas de fervura do mosto com o lúpulo, mais dry-hopping diário durante a fermentação durante um mês. Mais um mês de maturação em contato com folhas de lúpulo. E tudo isso ainda somado aos 21% de álcool. Paulada na cabeça é pouco!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Brasileiro muda jeito de tomar cerveja

Consumidores estão se aventurando mais no mundo das cervejas especiais, que têm maior variedade e apelo gastronômico. Rótulos especiais já representam 5% do mercado nacional


A rotina de quem é apreciador de uma boa cerveja mudou. Com mais opções disponíveis na prateleira do mercado e no cardápio do bar, o consumidor começou a se aventurar no universo das cervejas especiais. Ao contrário da loura gelada do fim de semana, as especiais apresentam qualidade sensorial, personalidade e apelo gastronômico. Na definiçao de Diego Cartier, pesquisador de cervejas, “este novo consumidor está aberto a novas experiências e prefere qualidade à quantidade.”

Os números de mercado confirmam a mudança no padrão de consumo dos bebedores. Em 2008, as cervejas especiais movimentaram 409 milhoes de reais. Em 2009, o valor foi sete vezes maior, chegou a quase três bilhões de reais. As especiais já representam 5% dos dez bilhões de litros vendidos por ano no país. “Há quinze anos, quando eu abri a empresa tínhamos três tipos de cerveja na nossa carta. Hoje, temos cerca de 80 rótulos”, conta Marcelo Stein, diretor da maior importadora de cerveja do país, a Bier & Wein.

A expansão do mercado estimulou as grandes empresas a investirem em novos produtos. A Heineken, por exemplo, trouxe este ano cinco novas marcas importadas. Entre elas, a holandesa Amstel Pulse e a italiana Birra Moretti. A Schincariol, por sua vez, investiu na aquisição de microcervejarias, como a Baden Baden, que já têm um público cativo entre os apreciadores de cervejas especiais.

A AmBev apostou na contratação de “sangue novo” para dar conta da demanda por novos tipos de cerveja. Todo ano a empresa oferece programas de trainee, mas em 2010 lançou o primeiro trainee focado na formação de mestres cervejeiros. “Sou bastante otimista com este novo novo mercado, pois o brasileiro está enxergando a cerveja por outro ângulo. Experimentar uma especial é um caminho sem volta", diz Bianca Franzine, ex-trainee e, hoje, mestre cervejeira da AmBev.

Ritual de degustação
Existem mais de 120 estilos oficiais de cerveja no mundo, divididos em três famílias (veja vídeo explicativo abaixo). Hoje, é possível encontrar quase todos à venda em bares, casas especializadas e até em grandes redes de supermercado. Para dar conta de tamanha variedade, é preciso mudar o jeito que se bebe cerveja. ”O primeiro passo é observar a cerveja, depois de servida. Em seguida, é preciso fazer movimentos circulares para que a bebida libere seus aromas, do mesmo modo jeito que se faz com o vinho”, quem ensina é Cilene Saorin, mestre cervejeira e beer sommelier formada na Alemanha e na Espanha.

Neste ritual de degustação, sabores e aromas devem ser apreciados e estudados. Cada tipo de cerveja tem uma combinação de maltes e lúpulos que combina com um determinado tipo de prato. As cervejas stout, como a irlandesa Guinness, são perfeitas para acompanhar queijos fortes como gorgonzola e parmesão. “O papel da cerveja mudou. Ela deixou de ser apenas uma companhia, para se tornar uma experiêcia à mesa”, complementa Cilene. “Degustar uma cerveja se transformou numa brincadeira com os sentidos e com a sensibilidade."

Ao contrário do que pode parecer, o prazer das cervejas especiais não custa caro. É possível encontrar rótulos importados e nacionais numa faixa de preço que vai de 4 a 70 reais. Mas há certos prazeres etílicos que saem um "pouco" mais caros. A Westvleteren 12, considerada a melhor cerveja do mundo, é um deles. Produzida por monges trapistas, a Westvleteren só pode ser comprada na própria Abadia de St. Sixtus, na Bélgica.

Fonte: Patrícia Spier - Veja online